SOBRE O DIGESTIVO AYURVÉDICO

Para medicina ayurvédica a natureza pode ser descrita como a botica mais antiga e abrangente de todos os tempos, proporcionando misturas que trazem benefícios à saúde e bem-estar. 

O Digestivo Ayurvédico da Alquimia da Saúde é inspirado em uma mistura milenar, buscando otimizar a assimilação dos alimentos no organismo. Seus ingredientes são sementes integrais de coentro, cominho, erva-doce e gengibre. Segundo o conhecimento tradicional ayurvédico, estes ingredientes combinados auxiliam para uma melhor digestão e proporcionam leveza ao organismo.

ESTRESSE E ROTINA

Nosso organismo lida com variados tipos de estresses durante o dia.  A produção de ácidos estomacais mediante tal stress pode se desequilibrar, conflitando com um bom equilíbrio gastrointestinal, causando desconforto e provocando prejuízos na digestão. Pesquisas afirmam que aspectos psicológicos ligados ao estresse ou ansiedade colaboram para formação de lesões na mucosa gástrica, devido a modificações na produção de secreção ácida. [11]

COMINHO

O Cominho (nome científico: Cuminum cyminum) é uma planta da família Apiaceae, utilizada por várias civilizações como condimento em culinária e também em receitas caseiras para problemas digestivos. 

Estudos que investigam suas atividades biológicas e potencial terapêutico, mostram que o cominho possui amplo espectro de benefícios. Dentre suas ações, encontra-se a atividade antibacteriana, a qual o óleo de semente de cominho possui várias propriedades antimicrobianas, antifúngica, antiviral e hipoglicemiante. [10]

COENTRO

O coentro (nome científico:Coriandrum sativum) é uma planta utilizada há mais de 3.000 anos e valorizada por seus usos culinários e medicinais. Diferentes partes do coentro têm sido tradicionalmente usadas em todo o mundo.

Suas folhas, por exemplo, são usadas no tratamento de dores e desconfortos abdominais. Preparações de folhas são ingeridas e aplicadas externamente para tratar tosse, dores no peito e problemas urinários. [1] De acordo com estudos, seus frutos são usados no tratamento de inflamações, indigestão, tosse, bronquite, entre outros. [4]

Na medicina ayurvédica, suas sementes são combinadas com sementes de cominho e cardamomo ou com sementes de cominho e erva-doce na medicina oriental, para tratar problemas digestivos. [2][3]

ERVA DOCE

A erva-doce é uma erva popular com uma longa história de uso, sendo também pertencente à família Apiaceae. Na medicina tradicional é utilizada para o tratamento de várias condições, particularmente reumatismo e distúrbios estomacais. [5]

Seus frutos e folhas apresentam um grande número de flavonóides, óleo fixo, proteínas, e ácidos orgânicos. [6] Destaca-se que essa planta é usada no tratamento para flatulência e cólicas em bebês, como calmante, antiespasmódico, mau hálito, constipação, resfriados, gripes e como diurético. [5]

GENGIBRE

Durante séculos, o gengibre tem sido amplamente utilizado como agente terapêutico no Sudeste Asiático, conhecido na medicina ayurvédica como “maha-aushadhi”, que significa “o grande remédio”. Desde a antiguidade o gengibre é utilizado para sintomas gastrointestinais, náuseas e sua ação diurética. [7] 

É indicado, comprovadamente, por suas ações contra gripes e resfriados, e para melhorar a digestão. [8] De acordo com estudos, possui ação terapêutica como antimicrobiano, anti-inflamatório, antipirético, diurético e antioxidante. [9] 

Estudos Científicos

[1] BRUNETON J. Pharmacognosy, phytochemistry, medicinal plants. Lavoisier: Paris, 1995.

[2] KAPOOR, L. D. Apium graveolens Linn. Family: Umbelliferae. Handbook of Ayurvedic Medicinal Plants, CRC Press Inc., Boca Raton, FL, v. 44, 1990.

[3] AGGARWAL, Bharat B.; KUNNUMAKKARA, Ajaikumar B. Molecular targets and therapeutic uses of spices: modern uses for ancient medicine. World Scientific, 2009.

[4] VARIER, Vaidyaratnam P. S. Indian medicinal plants: a compendium of 500 species. India: Orient Longman, v. 5, 1994.

[5] SOUZA, Vinicius Castro; LORENZI, Harri. Botânica Sistemática: Guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil baseado em APG II. 2 edição. Nova Odessa SP: Instituto Plantarum, 2008, 640 p.

[6] RAMOS, Jaqueline B. Plantas Medicinais Brasileiras e Biopirataria: Nossas riquezas em risco. Matéria publicada no Informativo n° 35 – janeiro / fevereiro 2000, Fontes: MMA, FUNBIO – Fundo Brasileiro para Biodiversidade, IBAMA e Portal de Biotecnologia. 

[7] LUCIO, I. B.; FREITAS, R. J. S.; WASZCZYNSKYJ, N.Composição físico-química e aceitação sensorial da inflorescência de gengibre orgânico (Zingiberofficinale Roscoe). Revista Ciência e Tecnologia de Alimento, Campinas, 2010.

[8] LEMOS JÚNIOR, H.P; ALVES DE LEMOS, A.L. Gengibre. Revista Diagnóstico e Tratamento, São Paulo, p. 174-178, 2010.

[9] MARTINS, H.; SILVA, M. V. S.; ANDRADE, M. A.; MAUES, C.; ABREU, E.; TOMAZ, J.; AZONSIVO,R.; SILVA, G.  Propriedades Terapêuticas (ZingiberofficinaleR.). Portal de Plantas Medicinais e Fitoterápicas – Boletim Fitoterápico Gengibre (ZingiberofficinaleR.), Pará, v. 1, ed. 1, 2017.

[10] BOURGOU, Soumaya et al. Antioxidant, anti‐inflammatory, anticancer and antibacterial activities of extracts from Nigella sativa (black cumin) plant parts. Journal of Food Biochemistry, v. 36, n. 5, p. 539-546, 2012.

[11] HAYASHI, S. et al. Endoscopic features of lymphoid follicles in Helicobacter pylori-associated chronic gastritis. Dig. Endosc., ago. 2014.

Os suplementos alimentares não apresentam indicação para prevenção, tratamento ou cura de doenças. Os estudos referenciados por artigos científicos a seguir tem como objetivo fornecer informações adicionais sobre os nutrientes e não devem recomendar ou endossar quaisquer produtos específicos.